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Como acelerar as mudanças?

Neuza Árbocz, para o Ethos

O público que se reuniu na roda de diálogo com Janine Benyus, ecologista e difusora da biomimética (criação de soluções sustentáveis que imitam a natureza), após a palestra “Integridade Ecológica”, realizada na quarta-feira, 12 de maio, na Conferência Internacional 2010 do Instituto Ethos, estava ansioso para saber mais da especialista sobre as opções para tornar as cidades mais “verdes” e conectadas com os ciclos de vida. Estudiosa do tema, Benyus reafirmou a necessidade de voltarmos a conectar nossos valores ao que sustenta a existência. “Não podemos continuar somente a tirar, sem devolver nada”, alertou, referindo-se à exploração exarcebada dos recursos naturais.

Compostagem, jardins orgânicos, recuperação de parques e áreas naturais são viáveis nas cidades? Fariam uma grande diferença? Estas foram algumas das indagações dos participantes do evento à ecologista, autora de seis livros sobre ciências naturais. Ela diz que toda ação pautada na visão sistêmica, ou seja, devolver os recursos para sua origem, é válida. “Não adianta compostar os resíduos orgânicos e despejar o resultado em aterros, por exemplo. O composto tem que ser reinserido em solos usados para cultivos, para fertilizá-los”, salienta.

Janine Benyus explicou que todo organismo vivo coleta informações e as processa antes de escolher suas ações. “Estamos no caminho para as transformações. Estamos nos aproximando de um número suficiente de pessoas engajadas para alterarmos o todo”, relatou a cientista, explicando que uma mudança ampla de um sistema requer o envolvimento mínimo de 18% de seus integrantes.

“Pensem o quanto avançamos. Há alguns séculos, a escravidão era uma coisa aceita e natural entre seres humanos. Eu ando pelo mundo todo para religar as pessoas com a natureza. Sei que já somos muitos”, falou aos presentes, reforçando seu conselho: “Encontrem um lugar onde o biossistema esteja forte e saudável e procurem imitar o que ocorre ali”. (Envolverde)

Imagem por Marcio Bulhões

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