voltar

O avanço dos relatórios não financeiros na América Latina

Mariana Desimone e Danilo Paulino, para o Ethos

Buscar um denominador comum, seja na linguagem ou nos dados apresentados nos relatórios não financeiros, é o principal passo a ser dado para seu avanço significativo na América Latina.  Este foi o principal argumento apresentado no painel organizado pela Global Reporting Iniciative (GRI) na Conferência Internacional 2010 do Instituto Ethos.

Para o professor de Finanças  e Sustentabilidade Corporativa do Coppead/UFRJ, Celso Lemme, faltam no Brasil melhores formas de mensurar os valores das atividades sustentáveis nas empresas. “Precisamos identificar a conexão entre estes atos e os resultados financeiros para evitar que a tomada de decisões fique ao sabor do momento”. Para exemplificar, Lemme utiliza uma pesquisa que cita os relatórios dos 45 maiores bancos do país.

Sonia Favaretto, diretora de Sustentabilidade da BM&FBovespa, defende a unificação dos relatórios de resultados, sejam eles financeiros ou não. “Esse ano, lançamos o relatório não financeiro dois meses após a divulgação do financeiro. Isso gerou pouco interesse por esses resultados”, explica.

E para gerar maior interesse por esses dados, o sócio da PriceWaterHouseCoopers no Chile, Luis Perera, sugere criar no empresariado uma cultura de divulgação de resultados positivos para a sociedade. Perera ressalta o papel pioneiro do Brasil na América Latina nesse sentido, e aponta um desafio. “É importante integrar os conhecimentos acadêmicos com as práticas empresariais”, sugere.

Para finalizar o painel, o CEO do GRI, Ernst Ligteringen, manifestou estar de acordo com as observações feitas pelos participantes que o antecederam. E propôs a criação de uma linguagem internacional comum nos relatórios, mas que respeite o trabalho já realizado em diversos países, a exemplo do que faz o Instituto Ethos no Brasil. “Uma linguagem unificada facilitaria o entendimento por parte dos analistas internacionais”, recomenda. (Envolverde)

Imagem por Clovis Fabiano

  • Realização

    logo_Ethos

    logo_UniEthos

© Copyright 2009, Instituto Ethos de Responsabilidade Social Empresarial. Todos os direitos reservados. O Instituto Ethos só aceita patrocínio das empresas associadas. Empresas públicas e mistas são aceitas como empresas associadas e patrocinadoras porque atuam no mercado nas mesmas condições que as empresas privadas. A logomarca do Governo Federal acompanha a logomarca das empresas públicas e mistas patrocinadoras em função da exigência da Instrução Normativa 31, de 10 de setembro de 2003 da Secretaria de Comunicação de Social (SECOM), que essas empresas são obrigadas a observar.