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Olhos do Futuro fortalece confiança na transformação

Neuza Árbocz, para o Ethos

Crianças de várias etnias e regiões do mundo se reúnem para pensar um futuro de energias limpas e bem-estar social, econômico e ecológico para a Terra. Cada uma mostra soluções que já existem em seu próprio país, como utilização de energias renováveis, compostagem de resíduos orgânicos, construções mais arejadas e com iluminação natural, mais transportes  públicos eficientes, ciclovias e ambientes verdes, entre outras.

A visão que criam coletivamente alivia o planeta, que agradece em um diálogo imaginário entre o astro e os pequenos seres humanos. No entanto, soa o alerta:  mesmo com todas estas mudanças, o clima sofre e se desestabiliza, pois faltam florestas nativas. As crianças então convocam a humanidade via internet e celulares para replantar, recuperar e proteger as matas nativas por todo o globo. Finalmente, um estado de paz e equilíbrio econômico, social e ambiental é alcançado em todas as nações.

Este enredo singelo do filme “Eyes of the Future”, de Catherine Cunningham, está emocionando platéias pelo mundo desde seu lançamento na Conferência do Clima, em Copenhague (Dinamarca), em dezembro do ano passado. Não foi diferente na sua exibição durante a Conferência Internacional 2010 do Intituto Ethos, quando a platéia se encantou com o entusiasmo e a confiança na transformação expressados pelos jovens atores. Para realizar o filme, a CEO da Eikosphere, empresa social que incrementa redes globais e desenvolve comunicação estratégica para líderes engajados em soluções sustentáveis integradas aos negócios, consultou mais de 100 especialistas em sustentabilidade e contou com o trabalho colaborativo de 50 instituições de todo o mundo.

Um debate com Ricardo Young e Allen White, dois líderes mundiais que têm promovido a responsabilidade socioambiental no meio empresarial, seguiu-se à apresentação. Young, que deixou recentemente a presidência do Ethos para se candidatar ao Senado pelo Partido Verde (PV), destacou a importância do protagonismo juvenil para as mudanças necessárias e a urgência em transformar os currículos formais para um ensino com visão integrada, permeada na sua totalidade pela educação ambiental e pela cultura de paz.

Vice-presidente do Tellus Institute e cofundador do Global Reporting Initiative (GRI), White elogiou o fato de o filme mostrar as crianças planejando as mudanças a partir do estágio atual de emissões de gases poluentes, em direção ao nível máximo suportado pelo planeta – estabelecido em 350 partes por milhão de CO2eq (gás carbônico equivalente), planejamento este chamado de backcasting.  “O ideal é reduzirmos ainda mais. Para 300 ppm. Trocar o forecasting (planejamento segundo as previsões futuras de crescimento de demanda e consumo), pelo backcasting é urgente e imprescindível”, destacou o também ex-CEO do GRI, entidade que estabeleceu o padrão mais difundido de Relatório de Sustentabilidade Corporativa.

Catherine ouviu atenta as observações da platéia e abriu a possibilidade de realizar uma continuação do filme, abrangendo mais tecnologias já em uso ou em vias de se tornarem aplicáveis em escala de mercado. (Envolverde)

Imagem por Fernando Manuel

  • Realização

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